Ressurge o EXÉRCITO REPUBLICANO IRLANDÊS (IRA)
surfandonoassude, 27.07.12
Três grupos dissidentes da Irlanda do Norte anunciam um novo IRA
O IRA declarou o fim da luta armada em 2005 mas várias facções dissidentes subsistiram (Paul McErlane/Reuters)
Três dos quatro principais grupos que se têm apresentado como facções do Exército Republicano Irlandês (IRA) juntaram-se para formar um novo IRA, segundo um comunicado enviado ao Guardian. Poderão promover os ataques contra as forças de segurança britânicas.
O anúncio foi feito em vésperas do início dos Jogos Olímpicos em Londres e noticiado peloGuardian. De acordo com o jornal britânico, a grupo designado por IRA Verdadeiro juntou-se à Acção Republicana Anti-droga (RAAD, na sigla em inglês) e a uma outra coligação de grupos armados independentes, deixando de fora o grupo designado por IRA Continuidade. O anúncio faz temer um regresso da violência.
“Após extensas consultas, os republicanos irlandeses e um número de organizações envolvidas em acções armadas contra as forças armadas da coroa britânica juntaram-se numa estrutura unificada, com uma única liderança, subserviente à constituição do Exército Republicano Irlandês”, lê-se no comunicado divulgado pelo Guardian. “A liderança do Exército Republicano Irlandês continua empenhada na concretização dos ideais e princípios estabelecidos na Proclamação de 1916”, adianta o documento.
Esta é a primeira vez que se verifica uma coligação das forças dissidentes do IRA desde os acordo de 1998 que pacificaram o conflito na Irlanda do Norte, sublinha o Guardian. Fontes republicanas contactadas pelo jornal adiantaram que a nova força paramilitar contará com várias centenas de dissidentes armados, incluindo alguns antigos membros do entretanto desmantelado IRA Provisional que promoveram uma campanha de violência e deslocamentos forçados de homens na cidade de Londonderry que o grupo acusava de tráfico de droga.
A nova estrutura inclui também os que são designados no comunicado por “republicanos não conformados”, que o Guardian descreve como pequenos grupos independentes de Belfast e de regiões rurais da Irlanda do Norte. Com a nova organização, o IRA Verdadeiro e a RAAD deixam de existir.
Todos os grupos que agora se juntaram opuseram-se à estratégia de paz do braço político do IRA, o Sinn Féin. O IRA Verdadeiro surgiu em 1997, a partir de uma facção dissidente do IRA Provisional, enquanto o RAAD tem levado a cabo uma campanha violenta contra alegados traficantes de droga na Irlanda do Norte e as várias facções republicanas independentes que agora se juntam aos outros dois juntam vários grupos armados. De fora fica o IRA Continuidade, que se mantém independente.
No comunicado divulgado, a nova organização refere que “nos últimos anos o estabelecimento de uma Irlanda livre e independente tem sofrido recuos devido às falhas de liderança no nacionalismo irlandês e divisões entre os republicanos”, numa referência à contestação da estratégia de paz do Sinn Féin, que resultou numa partilha de poder com unionistas. Hoje Martin McGuiness, antigo responsável do IRA Provisional, é vice-primeiro-ministro na Irlanda do Norte.
O grupo agora anunciado refere ainda que “a necessidade de recurso à luta armada para alcançar a paz na Irlanda do Norte pode ser evitada através da retirada da presença militar britânica, do desmantelamento das suas milícias armadas e do estabelecimento de um calendário internacional que detalhe o desmantelamento da interferência política britânica” na Irlanda do Norte.
O IRA recorreu durante mais de duas décadas à luta armada e a ataques com o objectivo de separar a Irlanda do Norte do Reino Unido para a integrar na católica República da Irlanda. A 28 de Julho de 2005 anunciou o fim da luta armada após um conflito em que morreram mais de 3500 pessoas.
Três dos quatro principais grupos que se têm apresentado como facções do Exército Republicano Irlandês (IRA) juntaram-se para formar um novo IRA, segundo um comunicado enviado ao Guardian. Poderão promover os ataques contra as forças de segurança britânicas.
O anúncio foi feito em vésperas do início dos Jogos Olímpicos em Londres e noticiado peloGuardian. De acordo com o jornal britânico, a grupo designado por IRA Verdadeiro juntou-se à Acção Republicana Anti-droga (RAAD, na sigla em inglês) e a uma outra coligação de grupos armados independentes, deixando de fora o grupo designado por IRA Continuidade. O anúncio faz temer um regresso da violência.
“Após extensas consultas, os republicanos irlandeses e um número de organizações envolvidas em acções armadas contra as forças armadas da coroa britânica juntaram-se numa estrutura unificada, com uma única liderança, subserviente à constituição do Exército Republicano Irlandês”, lê-se no comunicado divulgado pelo Guardian. “A liderança do Exército Republicano Irlandês continua empenhada na concretização dos ideais e princípios estabelecidos na Proclamação de 1916”, adianta o documento.
Esta é a primeira vez que se verifica uma coligação das forças dissidentes do IRA desde os acordo de 1998 que pacificaram o conflito na Irlanda do Norte, sublinha o Guardian. Fontes republicanas contactadas pelo jornal adiantaram que a nova força paramilitar contará com várias centenas de dissidentes armados, incluindo alguns antigos membros do entretanto desmantelado IRA Provisional que promoveram uma campanha de violência e deslocamentos forçados de homens na cidade de Londonderry que o grupo acusava de tráfico de droga.
A nova estrutura inclui também os que são designados no comunicado por “republicanos não conformados”, que o Guardian descreve como pequenos grupos independentes de Belfast e de regiões rurais da Irlanda do Norte. Com a nova organização, o IRA Verdadeiro e a RAAD deixam de existir.
Todos os grupos que agora se juntaram opuseram-se à estratégia de paz do braço político do IRA, o Sinn Féin. O IRA Verdadeiro surgiu em 1997, a partir de uma facção dissidente do IRA Provisional, enquanto o RAAD tem levado a cabo uma campanha violenta contra alegados traficantes de droga na Irlanda do Norte e as várias facções republicanas independentes que agora se juntam aos outros dois juntam vários grupos armados. De fora fica o IRA Continuidade, que se mantém independente.
No comunicado divulgado, a nova organização refere que “nos últimos anos o estabelecimento de uma Irlanda livre e independente tem sofrido recuos devido às falhas de liderança no nacionalismo irlandês e divisões entre os republicanos”, numa referência à contestação da estratégia de paz do Sinn Féin, que resultou numa partilha de poder com unionistas. Hoje Martin McGuiness, antigo responsável do IRA Provisional, é vice-primeiro-ministro na Irlanda do Norte.
O grupo agora anunciado refere ainda que “a necessidade de recurso à luta armada para alcançar a paz na Irlanda do Norte pode ser evitada através da retirada da presença militar britânica, do desmantelamento das suas milícias armadas e do estabelecimento de um calendário internacional que detalhe o desmantelamento da interferência política britânica” na Irlanda do Norte.
O IRA recorreu durante mais de duas décadas à luta armada e a ataques com o objectivo de separar a Irlanda do Norte do Reino Unido para a integrar na católica República da Irlanda. A 28 de Julho de 2005 anunciou o fim da luta armada após um conflito em que morreram mais de 3500 pessoas.
FONTE:http://www.publico.pt