"O crescimento tem sido impressionante", disse Elizabeth Kneebone, uma pesquisadora sênior do Instituto Brookings, que conduziu a análise dos dados do censo. "Pela primeira vez, mais da metade dos pobres metropolitanos vivem em áreas suburbanas."
Como resultado, os municípios dos subúrbios – antes preocupados apenas com questões como policiamento, incêndios e reparação de estradas – estão enfrentando um novo conjunto de problemas sobre como como ajudar os moradores pobres, sem os programas sociais oferecidos pelas cidades e como levar serviços a esses moradores sem a existência de transporte público. Muitos subúrbios estão enfrentando esses desafios com os orçamentos mais apertados em anos.
Desde 2000, o número de pobres aumentou em 5 milhões nos subúrbios, com aumentos grandes em áreas metropolitanas tão diferentes quanto Colorado Springs e Greensboro, na Carolina do Norte.
Ao longo da década, subúrbios do meio-oeste registraram maior aumento no número de pobres. Mais recentemente, no entanto, o aumento tem sido mais acentuado onde houve maior colapso imobiliário, como em Cape Coral, na Flórida, e Riverside, Califórnia, de acordo com a análise do Instituto Brookings.
Quase 60% dos pobres de Cleveland, por exemplo, antes se concentravam em seu núcleo urbano, mas agora vivem em seus subúrbios – em 2000, cerca de 46% viviam nos subúrbios.
Em todo o país, 55% da população pobre nas regiões metropolitanas agora vive nos subúrbios – aumento significativo dos 49% registrados anteriormente. A pobreza é algo novo em Parma Heights, subúrbio tranquilo de pequenas vilas e gramados cortados, e pedir ajuda pode ser difícil. O Parma Heights Food Pantry, espécie de banco de alimentos comunitário com preços reduzidos, que começou a servir várias dezenas de famílias por mês em 2006, agora ajuda 260 e atrai um fluxo de vítimas da economia americana. Muitos nunca precisaram de ajuda para se alimentar antes.
As ligações para centrais de ajuda social, como a United Way, de áreas suburbanas mais que dobraram de 2005 a 2010. "Estamos vendo aumento na necessidade de ajuda em lugares nos quais nunca esperávamos que isso acontecesse", disse Stephen Wertheim, diretora da central de ajuda First Call for Help.