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SURFANDO no AÇUDE

Muitos fatos, notícias ou realidades, por passarem desapercebidos, podem influir ou deixar de influir significativamente em nossa FORMA DE PENSAR A VIDA

SURFANDO no AÇUDE

Muitos fatos, notícias ou realidades, por passarem desapercebidos, podem influir ou deixar de influir significativamente em nossa FORMA DE PENSAR A VIDA

SÍRIA - VÍTIMA E PIVÔ da GEOPOLÍTICA

surfandonoassude, 11.06.12
   Os senhores da guerra continuam jogando no tabuleiro geopolítico do oriente médio e a Síria é um lugar estratégico demais para ser poupado, ainda que a custo de muitas vidas inocentes. O sisma foi semeado no seio daquele país a pretexto de uma tal primavera árabe, que de primavera não tem nada mas apenas a disputa de dois (ou mais) blocos hegemônicos (a reedição da guerra fria - desta vez com nome de primavera). Independente de qual lado vença, dali surgirá mais um governo fantoche e os maiores prejudicados são os verdadeiros cidadãos sírios. Quaisquer motivos, razões, explicações que sejam dadas, mesmo através da mídia, nada faz sentido, a não ser a conquista do poder.

       VEJAMOS O ARTIGO A SEGUIR:


Iminente golpe de Estado na Síria
Os estados membros na NATO e do CCG preparam um golpe de Estado e um genocídio sectário na Síria. Caso pretendam opor-se a estes crimes, ajam quanto antes; façam circular estes artigos na Net e alertem os vossos conhecidos. 

Dentro de poucos dias, talvez a partir de sexta-feira 15 de Junho ao meio-dia, os sírios que pretenderem ver as cadeias de televisão nacionais terão estas substituídas nos écrans por televisões criadas pela CIA. Imagens realizadas em estúdio mostrarão cadáveres imputados ao governo, manifestações populares, ministros e generais apresentarão a sua demissão, o presidente el-Assad tratando de fugir, os rebeldes reunindo-se no coração das grandes cidades e um novo governo instalando-se no palácio presidencial. Esta operação, diretamente monitorizada a partir de Washington por Ben Rhodes, conselheiro adjunto da segurança nacional dos Estados Unidos, visa desmoralizar os sírios e preparar um golpe de Estado. A NATO, que esbarrou no duplo veto da Rússia e da China, conseguiria assim conquistar a Síria sem ter de a atacar ilegalmente. Qualquer que seja o julgamento sobre os atuais acontecimentos na Síria, um golpe de Estado poria fim a toda a esperança de democratização. 

De maneira absolutamente formal, a Liga Árabe pediu aos operadores de satélite Arabsat e Nilesat para cortarem a transmissão dos media sírios, públicos e privados (Syria TV, Al-Ekbariya, Ad-Dounia, Cham TV, etc.). Existe um precedente, dado que a Liga Árabe tinha já procedido à censura de televisão líbia de forma a impedir os dirigentes da Jamahiriya de comunicarem com o seu povo. Não existe rede hertziana na Síria, onde as televisões são exclusivamente captadas por satélite. Mas este corte não deixaria os écrans apagados. De facto, esta decisão é apenas a parte emersa do iceberg. Segundo informações de que dispomos, diversas reuniões internacionais foram levadas a cabo na semana passada para coordenar a operação de intoxicação. As duas primeiras, de natureza técnica, tiveram lugar em Doha (Qatar), a terceira, política ocorreu em Riade (Arábia Saudita). 

Uma primeira reunião juntou os oficiais de guerra psicológica “embedded” em certas cadeias de satélite, entre as quais Al-Arabiya, Al-Jazeera, BBC, CNN, Fox, France 24, Future TV, MTV. Sabe-se que desde 1998 os oficiais da United States Army's Psychological Operations Unit (PSYOP) foram incorporados na redação da CNN; a partir daí, esta prática foi estendida pela NATO a outras estações estratégicas. Redigiram antecipadamente falsas informações, segundo um “storytelling” elaborado pela equipa de Ben Rhodes na Casa Branca. Um procedimento de validação recíproca foi posto em marcha, cada media devendo citar os outros de forma a contribuir para torná-los credíveis aos ouvidos dos telespectadores. Os participantes decidiram igualmente requisitar não apenas as cadeias da CIA para a Síria e o Líbano (Barada, Future TV, MTV, Orient News, Syria Chaab, Syria Alghad), mas também outras quarenta cadeias religiosas wahhabitas, as quais apelarão ao massacre confessional aos gritos de “Os cristãos para Beirute, os alauitas para o túmulo!” 

A segunda reunião juntou engenheiros e realizadores, visando planear a fabricação de imagens de ficção, misturando uma parte em estúdio a céu aberto e uma parte de imagens de síntese. Os estúdios foram arranjados durante as últimas semanas na Arábia Saudita, de modo a reconstituir aos dois palácios presidenciais sírios e os principais lugares de Damasco, Alepo e Homs. Já havia estúdios deste tipo em Doha, mas eram insuficientes. 

A terceira reunião agrupou o general James B. Smith, embaixador do EUA, um representante do Reino Unido e o príncipe Bandar Bin Sultan (a quem o presidente George Bush pai designou como seu filho adotivo, ao ponto de a imprensa norte-americana o ter designado como “Bandar Bush”). Tratava-se de coordenar a ação dos media e a do “Exército Sírio Livre”, do qual os mercenários do príncipe Bandar formam o grosso dos efetivos. 

A operação, em gestação desde há meses, foi precipitada pelo conselho de segurança nacional dos EUA, depois de o presidente Putin ter notificado a Casa Branca de que a Rússia se oporia pela força a toda a intervenção militar ilegal da NATO na Síria. 

Essa operação compreende dois vetores simultâneos: por um lado, diversificar as falsas contra-informações; por outro lado, censurar toda e qualquer a possibilidade de lhes responder. 

A interdição das TVs por satélite como forma de conduzir uma guerra não é uma novidade. De facto, sob pressão de Israel, os EUA e a União Europeia impuseram sucessivas interdições a cadeias libanesas, palestinianas, iraquianas e líbias. Nenhuma censura foi imposta a cadeias de satélite provenientes de outras partes do mundo. 

Tão-pouco a difusão de notícias falsas constitui uma estreia. Entretanto, quatro novos passos significativos foram dados na arte da propaganda durante o decurso das últimas décadas: 

- Em 1994 uma estação de música Pop, a “Radio Libre des Mille Collines” (RTML) deu o sinal para o genocídio no Ruanda apelando a “Matar as baratas!”. 
- Em 2001 a NATO utilizou os media para impor uma interpretação dos atentados de 11 de Setembro e justificar os ataques ao Afeganistão e ao Iraque. Nesta altura, já Ben Rhodes tinha sido encarregado pela administração Bush de redigir o relatório da Comissão Kean/Hamilton sobre os atentados. 
- Em 2002 a CIA utilizou cinco cadeias, Televen, Globovision, Meridiano, ValeTV et CMT, para fazer crer que manifestações monstruosas tinham forçado o presidente eleito da Venezuela, Hugo Chávez, a demitir-se, dado que tinha sido vítima de um golpe de Estado. 
- Em 2011, aquando da batalha de Trípoli, a NATO fez realizar em estúdio e difundir pela Al-Jazeera e pela Al-Arabiya imagens de rebeldes líbios entrando na praça central da capital enquanto eles realmente ainda se encontravam longe da cidade, de forma que os habitantes, persuadidos de que a guerra estava perdida, cessaram toda a resistência. 
Doravante, os media já não se contentam em apoiar a guerra, eles praticam-na diretamente. Este dispositivo viola os princípios básicos do direito internacional, a começar pelo artigo 19 de Declaração Universal dos Direitos do Homem relativo ao facto de “receber e difundir, sem consideração de fronteiras, as informações e as ideias por qualquer meio de informação”. Sobretudo, ele viola também as resoluções da Assembleia-Geral da ONU, adotadas no final da Segunda Guerra Mundial, para evitar as guerras. As resoluções 110, 381 e 819 interdizem “os obstáculos à livre troca de informações e de ideias” (no caso vertente, o corte das cadeias sírias) e “a propaganda de natureza a provocar ou encorajar toda a ameaça à paz, rotura da paz ou outro ato de agressão”. 

No direito, a propaganda da guerra é um crime contra a paz, o mais grave dos crimes, dado que ele torna possíveis os crimes de guerra e os genocídios.
10/Junho/2012O 

original encontra-se em www.domenicolosurdo.blogspot.pt/... . Tradução de JCG.

JERUSALÉM, capital dos ESTADOS UNIDOS DOS ÁRABES ?

surfandonoassude, 12.05.12
VOCÊ ACHA QUE NÃO É POSSÍVEL?

Então você não entendeu o porquê, o motivo, o real objetivo da tal "PRIMAVERA ÁRABE": criar a 7ª nação (uma das dez cabeças da besta, segundo as profecias do apocalipse), conforme o plano que os idealizadores da Nova Ordem Mundial definiram há muito tempo.

IRMANDADE MUÇULMANA QUER NOVO CALIFADO ÁRABE COM JERUSALÉM COMO CAPITAL
Falando aparentemente numa campanha eleitoral para o candidato presidencial da Irmandade Muçulmana Mohammed Mursi, o clérigo egípcio Safwat Higazi é visto e ouvido neste video anunciando que Mursi irá ajudar a reformular aquilo a que ele chama de "Estados Unidos dos Árabes" - que significa, na verdade, um segundo califado. Higazi usa até a palavra "califado" para descrever as suas ambições.
 
Mais assustador ainda: depois de Higazi jurar que a capital do "califado" "será Jerusalém", um gigantesco brado levanta-se em toda a multidão, que parece consistir de milhares de pessoas: "o nosso grito será: 'Milhões de mártires marchando para Jerusalém!'"
 
A palavra "mártires" pode significar muitas coisas, mas é no mínimo um eufemismo para uma acção militar, e mais provavelmente um incitamento aos bombistas suicidas.
 
E o discurso inflamado e alimentado pelo ódio (entenda-se: inveja) ancestral dos árabes aos judeus incluiu frases como estas:
"Vamos tirar o sono aos olhos de todos os judeus"
"Vamos lá, amantes do martírio, vocês são todos Hamas."
"A nossa capital não será no Cairo, Meca ou Medina" - disse o clérigo muçulmano diante da multidão dos milhares que gritavam em uníssono: "Milhões de mártires marcham para Jerusalém."
 
Para quem ainda tinha dúvidas, aqui está a verdade revelada sobre o resultado da tão aclamada (por alguns) "primavera árabe"...
Nada de bom virá dali, e as eleições no Egipto poderão ser determinantes para o romper do acordo de paz com Israel e o início de uma nova era de ódio e violência que, segundo as profecias milenares, trarão a destruição ao próprio Egipto e não só. É que quem se mete com Israel acaba pagando um alto preço e parece que os egípcios ainda não aprenderam as lições de 1967 e 1973...
 
Confira o video abaixo e veja com os seus próprios olhos...
FONTE/link:

ISRAEL: UMA CRESCENTE POTÊNCIA CIENTÍFICA

surfandonoassude, 02.05.12
VOCÊ ACHA QUE NÃO É POSSÍVEL?
 
Navegando como um pequeno barco no meio das ondas agitadas da crise económica mundial, Israel não só sobrevive como é um exemplo de crescimento sustentável e do investimento maciço em áreas tão importantes como a ciência e a tecnologia.
O aumento do PIB de Israel para 2012 deverá chegar aos 3% e para 2013 aos 3,5%, um verdadeiro êxito se compararmos com a estagnada economia europeia e norte-americana!
A exploração espacial é uma das áreas em que Israel tem investido seriamente, tendo o ministro das Finanças decidido aumentar o orçamento da Agência Espacial de Israel em centenas de milhões de shekels.

Segundo o ministro da Ciência, Hershkowitz, entrevistado recentemente: "Nós (Israel) já somos uma superpotência e líderes no campo dos satélites leves. Mobilizámos o primeiro-ministro e o presidente para esta causa por serem ambos homens de visão e terem um entendimento do que é a tecnologia."
Referindo-se à situação actual, o ministro adiantou: "A tendência mudou. Não só o governo deixou de cortar nos orçamentos, como está constantemente a aumentá-los. Desde que peguei no orçamento para a ciência, ele já subiu de 70 milhões para 350 milhões de shekels, e ainda não chega. Mas podemos olhar para isto de um outro ângulo: Israel tem o maior investimento em pesquisa e desenvolvimento (R & D) do mundo em comparação ao seu PIB: 5%. Os suecos e americanos estão atrás, com 3,6% do seu PIB. Isto só confirma a atitude de Israel: nós somos um paraíso para as empresas startup."
Referindo-se às mais recentes iniciativas israelitas, Hershkowitz aponta para o foco crescente do estado israelita na indústria espacial:
"Um exemplo é um satélite que usa pesadas lentes para fotografar a terra de uma altitude de vários quilómetros e que pesa duas toneladas e meia. Os EUA conseguiram cortar esse peso para metade. Um satélite de observação israelita com capacidades iguais senão até melhores pesa apenas 250 quilos. Esta é apenas uma área em que Israel está na dianteira, e queremos continuar a melhorar."
Heshkowitz confessa estar extremamente orgulhoso com as iniciativas israelitas e acredita que a posição do estado de Israel na ciência global contribui para diminuir a animosidade internacional para com o país.
"O mundo é governado por interesses. Nós não temos recursos naturais. Os nossos inimigos têm uma abundância delas, por isso influenciam as decisões da ONU. Sempre que estou fora do país sinto que as relações entre Israel e outros países têm a ver com interesses científicos. Os chineses literalmente 'adoram' a ciência israelita." - acrescentou o ministro.
E acrescentou: "A maior parte do mundo não se interessa pelo conflito e o mundo inteiro aproveita a alta tecnologia e pesquisas e desenvolvimento agrícolas de Israel. O maior centro de pesquisa mundial da IBM está localizado em Haifa."
O ministro acredita ainda que os interesses científicos podem ajudar Israel a ultrapassar o actual impasse diplomático nas relações com os palestinianos.
"Uma vez que Israel tem tanto para oferecer, nós temos de alcançar uma cooperação económica e científica. Os palestinianos não se querem abrir, mas eles poderiam desfrutar das nossas realizações científicas, por exemplo na agricultura. Israel e a Jordânia cooperam no campo do controle das pestes. É uma necessidade, pois as pestes não precisam de passaporte e quando ambos os lados colaboram, ambos beneficiam. Não há razão para que a região não se possa desenvolver como Israel."
O ministro tem toda a razão: se as nações árabes a toda a volta de Israel acabassem com a inveja e a estupidez que tanto os define e aproveitassem as capacidades com que Israel os pode abençoar, seria uma fantástica melhoria para todos e o apaziguar dos ódios e conflitos que parecem nunca ter fim...
Mas, e desgraçadamente para todos, aqueles árabes muçulmanos preferem o atraso, o ódio e a mentalidade medieval ao progresso e à verdadeira paz entre os povos...
Israel avança e mantém-se na dianteira na ciência e em muitas outras áreas da vida. Aliás, outra coisa não seria de esperar desta nação: e só lá vão 64 anos...Shalom, Israel!

SÍRIA - PIVÔ DA GEOPOLÍTICA

surfandonoassude, 11.04.12
Estados Unidos e Europa querem conter a expansão da China, Rússia e Irã através da Síria
 
Síria não é nada mais que um peão em um jogo geopolítico mundial, previsto para ser sacrificado a fim de conter a expansão da China, Rússia e Irã, revela o analista político Jamal Wakim.

Enquanto a comunidade internacional aguarda com cautela para ver se o plano de cessar-fogo de Kofi Annan será aplicado na Síria, o professor da Universidade Internacional do Líbano Jamal Wakim acredita que o Ocidente ainda não desistiu de sua intenção de derrubar o presidente Bashar Al-Assad.


Relatórios sobre os confrontos entre tropas do governo sírio e rebeldes na fronteira com a Turquia pode ser sinal de que a oposição síria quer desacreditar a iniciativa de Annan, reassalta Wakim.

Segundo Wakim, o conflito sírio vai além do que apenas derrubar outro "ditador".


"Esta é uma tentativa de assumir todo o Oriente Médio e impedir o acesso às águas quentes do mar Mediterrâneo e no Oceano Índico para a Rússia, China e Irã", disse Wakim RT.

"Há uma aliança entre as chamadas potências marítimas: os Estados Unidos, a Europa Ocidental e a Turquia. Eles estão tentando conter a Rússia, a China e o Irã as rotas de comércio internacional e, assim, obter melhores posições de negociação. Isso também prejudicaria o crescimento econômico dos três países e afetando o seu papel na política mundial ", acrescenta o professor.

Com o avanço da Primavera Árabe, Moscou, Pequim e Teerã perderam o acesso às águas do Mediterrâneo através da Líbia e Iêmen e em outros lugares, diz Wakim. "A Síria é tudo o que resta para eles. É assim que a ferocidade do ataque dos EUA no país pode ser explicado. "

Fonte: Tradução do site Russia Today feita pelo IAnotícia Postado por ILLGNER GEOVANNE às 6:31:00 PM

EUA TENTANDO CONTROLAR A EURÁSIA

surfandonoassude, 10.04.12
“Protestos no Mundo Arabe Usados para Controlar Eurásia” Tradução Luis Miranda - Russia Today - Novembro 1, 2011

O objetivo final dos EUA é pegar os recursos da África e do Oriente Médio sob o controle militar para bloquear o crescimento econômico da China e da Rússia, assumindo toda a Eurásia sob controle, diz o autor e historiador William F. Engdahl.
A crise na economia dos EUA e do sistema do dólar e a execução de política externa dos EUA sao uma parte da decomposição da estrutura da superpotência que foi construída após o fim da Segunda Guerra Mundial, afirma Engdahl.

“Ninguém em Washington está disposto a admiti-lo, como ninguém na Grã-Bretanha um século atrás admitiu que o Império Britânico estava em fase terminal”, diz o autor, observando que “Tudo isto está relacionado com a tentativa de manter a superpotência não só intactas, mas também estender sua influência sobre o resto do planeta. “

William F. Engdahl acredita que os protestos no Oriente Médio e Norte da África é um primeiro plano anunciado por George W. Bush em uma reunião do G-8 em 2003 que foi chamado de “O Grande Projeto do Médio Oriente.”

Foi projetado que esta zona seria tomada sob o controle da “democratização” em todo o mundo islâmico desde o Afeganistão até o Irã, Paquistão e a área produtora de petróleo do Golfo Pérsico, Norte da África até Marrocos.

“A chamada primavera árabe tinha sido planejada, pré-organizada e usada pelos instigadores dos “protestos espontâneos ” e distúrbios do Twitter no Cairo e Túnis, e assim por diante”, insiste o historiador.

Engdahl explica que alguns dos líderes do protesto tinham sido treinados em Belgrado, na Sérvia, por ativistas do Center for Applied Non-Violent Actions and Strategies e o Otpor (um movimento de jovens que tiveram um papel importante na expulsão do ex-presidente Slobodan Milosevic da Sérvia. Ambas as organizações são financiadas pelo Departamento de Estado dos EE.UU.

Engdahl cita duas razões para o projeto que o Departamento de Estado tem no mundo islâmico.

A primeira razão é a grande riqueza nas mãos dos líderes do mundo árabe, os fundos soberanos e de recursos. A ordem do dia – como foi quando a União Soviética entrou em colapso em 1991 – é “a privatização do FMI, da economia de livre mercado e assim por diante, em favor dos bancos ocidentais e as instituições financeiras para entrar e tomar conta de todo. “

“O segundo programa é militarizar o fornecimento de petróleo em lugares como a Líbia e a chamada República do Sul do Sudão, que estão diretamente e estrategicamente localizada no esquema de crescimento económico futuro na China”, disse Engdahl.

“Isso tem a ver com o controle da Eurásia, que Zbigniew Brzezinski falou em 1997, em seu famoso livro The Great Chessgame, especialmente no controle da Rússia e da China, e qualquer coesão potencial dos países da Eurásia econômica e politicamente” , diz ele.

E os resultados já estão aí – no Egito e na Tunísia a democracia trouxe uma economia fraca, enquanto a Líbia, o país com melhores padrões de vida em toda a África antes dos bombardeios da OTAN, está agora em ruínas.

A preocupação das potências ocidentais, especialmente o Pentágono, é com o controle militar da região em conflito, e não o restablecimiento normal, diz o historiador. A principal preocupação do governo fantoche da NTC é fornecer bases para NATO – algo nunca antes visto durante os 42 anos de governo do Gaddafi.

“O Africom [comando do Pentágono para a África] coordena a cena”, diz William F. Engdahl, notando que “curiosamente [AFRICOM] foi criado depois que a China lancou uma campanha de diplomacia em 2006, quando 40 chefes de nações Africanas foram convidados a Pequim, onde assinaram acordos para exploração de petróleo e construção de infra-estrutura, hospitais e assim por diante -, tudo o que o FMI não fez na África nos últimos 30 anos “

É verdade que os EUA estão agindo contra os interesses chineses e de segurança nacional, mas Pequim, que recebe cerca de US $ 300 bilhões anualmente, por meio do comércio, simplesmente tem que investir esse dinheiro em algum lugar, e como não existem grandes mercados para absorver o dinheiro – Beijing compra títulos do Tesouro U. S. – e patrocina as guerras americanas que, ironicamente, estao direcionadas contra os interesses chineses.

“Para os deuses do dinheiro” em Wall Street, a única chance de sobreviver e manter seus dólares agora é encontrar novas áreas onde roubar. A primavera árabe é feita para controlar e privatizar a enorme riqueza do mundo árabe “, diz ele Engdahl.

Mas o futuro da área do euro também é escuro porque a crise financeira grega foi artificialmente criada em 2002 por Goldman Sachs. A origem do dinheiro, afirma Engdahl, mostra que “a crise grega foi programada para detonar na ordem de Wall Street, o Tesouro dos Estados Unidos e a Federal Reserve para proteger a moeda de reserva – o dólar EUA “.

Engdahl disse que os EUA está construindo cada vez mais bases em todo o mundo, incluindo as novas 17 bases, a maioria das bases para a Força Aérea no Afeganistão, que estão prontas para a guerra com a China ou a Rússia, provavelmente.

“Dada a história da Guerra Fria, a Rússia pode desempenhar um papel estabilizador e construtivo como um contrapeso à estratégia altamente perigosa no Grande Projeto do Médio Oriente patrocinado pela NATO e os EUA”, disse Engdahl. “Espero que eles fazam isso.”